quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SEM VERGONHA DO EVANGELHO

              Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.  (1:16,17).

Você sabe o que é o evangelho? Qual o significado desta palavra? Qual sua origem etimológica? O que de fato alguém quer dizer quando a utiliza? O Dr. Russel Cahmplin nos ajuda neste sentido. Ele escreve que a palavra Evangelho, tanto nas páginas da Bíblia como na literatura antiga foram usadas das seguintes formas: No grego mais antigo, como nos escritos de Homero, significava «recompensa por trazer boas novas» ele cita como fonte (Hom. Od. xii.152). Já no No A.T. há dois usos: o de «boas novas», propriamente ditas, e o sentido que aparece no grego antigo, conforme escrevemos acima. Plutarco utilizava como um termo técnico para «boas novas de vitória». No culto imperial, essa palavra era usada para as proclamações ao imperador divino, de «boas novas» que davam vida ou salvação ao povo. No grego antigo, e também posteriormente, significa «sacrifício oferecido por causa de boas novas. Na Septuaginta(LXX), como também em outras obras gregas de data mais recente, essa palavra indicava as próprias «boas novas» como é o casa de II Reis 18:20,22,25).

SIGNIFICADO NO NOVO TESTAMENTO

            No N.T., refere-se às ,«boas novas de salvação», ao anúncio sobre o reino de Deus, à mensagem de perdão que Deus enviou aos homens, à mensagem sobre toda a nova esperança que Deus forma nos corações dos crentes. Especialmente nos escritos de Paulo, o termo significa «boas novas», sobretudo no que se relaciona com as igrejas: o plano de Deus para a sua igreja, o destino e grande privilégio da mesma, incluindo os meios de salvação, o perdão de pecados, a justificação, etc, como elementos que incluem as boas novas. Em fim, pode-se afirmar que a palavra «evangelho» tem atravessado três fases, ao longo da história, isto é: 1. Nos antigos autores gregos: «recompensa por trazer boas novas». 2. Na Septuaginta e outras obras: as próprias «boas novas». 3. No N.T., as «boas novas sobre Cristo», ou ainda, os livros neotestamentários que falam sobre essa boa mensagem acerca de Jesus Cristo. 

                 Todavia é nos escritos de Paulo o apostolo, que esta palavra ganha maior significado., simplesmente por causa de suas exaltadas visões sobre a natureza da igreja (conforme se pode observar no quarto capítulo da epístola aos Efésios), ou sobre a natureza exaltada do destino dos remidos (segundo se lê no primeiro capítulo da epístola aos Efésios e no oitavo capítulo desta epístola aos Romanos). Em parte alguma das Escrituras o vocábulo «evangelho» tem um significado tão profundo como tem nos escritos de Paulo, pois ali o seu sentido não é somente que os homens são perdoados de seus pecados e passam a ter por herança um lar celeste, mas também que os próprios seres dos crentes estão sendo gradativamente transformados segundo a imagem de Jesus Cristo, e isso tanto em seu aspecto moral (as virtudes e perfeições morais do Senhor Jesus) como em seu sentido metafísico, isto é, a natureza essencial de Cristo, com seus poderes extraordinários sobre o mundo físico e o mundo espiritual).

OS REMIDOS SERÃO TRANSFORMADOS

Os remidos se tornarão a plenitude de Cristo, tal como o próprio Cristo é a plenitude de todas as coisas , leia sobre isto em ( Efé. 1:23, 3:19). Não se pode dizer outro tanto com referência aos anjos. Por conseguinte, o destino dos remidos é muito mais elevado do que o dos anjos, pois haverão de participar os crentes da própria divindade, segundo se percebe claramente em trechos como de Rom. 8:29e II Ped. 1:4; Col. 2:10. Ora, isso é boas novas do mais precioso quilate, e não essas sandices que lamentavelmente tem sido “pregado” por ai na grande maioria destas igrejas, paganizadas, caricaturadas, travestidas de igrejas “cristãs ou evangélicas” etc. com raríssimas exceções é claro.

            Quando de fato recebemos o evangelho de Cristo somo revestidos da verdadeira «vida imortal», a qual consiste do mesmo tipo de vida que Deus possui. Todas essas idéias precisam ser incluídas naquilo que se entende por «boas novas», a saber, a mensagem sobre Jesus Cristo e suas bênçãos, oferecidas aos homens É importante salientar porem que o evangelho não vem somente em poder (ver I Tes. 1:5), mas também é o próprio poder de Deus (ver Rom. 1:16). Revela a justiça de Deus e conduz à salvação todos aqueles que crêem (ver Rom. 1:16,17). Paulo considerava o evangelho como um depósito sagrado (I Tim. 1:11). Assim, pois, ele estava sob compulsão divina para proclamá-lo (ver I Cor. 9:16), e pedia as orações de seus irmãos na fé para que pudesse desincumbir-se de sua tarefa com ousadia (Efé. 6:19), ainda que isso o sujeitasse a oposições (I Tes. 2:2) e aflições (ver II Tim. 1:8). O evangelho é a 'palavra da verdade' (Efé. 1:13); porém, está oculto para os incrédulos (II Cor. 4:3,4), o que requer verificação sobrenatural ou prova racional (I Cor. 1:21-23). Tal como foi através de revelação que o pleno impacto teológico do evangelho chegou a Paulo (Gál. 1:11,12), assim também é pela resposta da fé que o evangelho irrompe com poder salvador (Heb. 4:2).

              O uso do termo “evangelho” nas páginas do N.T. é muito interessante que embora descreva com melhor profundidade as profundezas do evangelho, do que os outros evangelistas, o evangelho de João não contém esse vocábulo. O evangelho de Lucas se utiliza apenas da forma verbal, «evangelizar», em formas gramaticais diversas, por dez vezes. O evangelho de Mateus encerra a forma nominal por quatro vezes, e a forma verbal por uma vez. O evangelho de Marcos estampa a forma nominal por oito vezes, mas nunca usa a forma verbal. O livro de Atos tem a forma nominal por duas vezes, e a forma verbal por quinze vezes. As epístolas de Paulo exibem a forma nominal por sessenta vezes. Esse vocábulo se encontra apenas em outras duas passagens, em todo o resto do N.T., isto é, em I Ped. 4:17 e em Apo. 14:6. Ao todo, a forma nominal figura por setenta e sete vezes no N.T., dentre as quais ocorrências, sessenta são dos escritos de Paulo. Paulo usa a forma verbal por vinte e quatro vezes. Pode-se perceber com facilidade que o uso que Paulo faz desse termo é tão dominante no N.T. que quase se pode dizer que se trata de um uso caracteristicamente paulino. Sem dúvida alguma foi o apóstolo Paulo quem deu a esse conceito tanto o seu uso mais lato como o seu sentido mais profundo.

NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO

                Para você leitor entender esta declaração, imagine que está na capital da Grécia, Atenas, ou na capital do império romano, Roma, onde o evangelho era ridicularizado como produto do fanatismo religioso, não sendo tomado a sério, especialmente no que dizia respeito à sua doutrina da ressurreição. Para os gregos o evangelho representava uma insensatez, enquanto que para os judeus servia de pedra de tropeço, visto que expunha algumas idéias que o antigo judaísmo simplesmente não queria aceitar, sobretudo o conceito do Messias que o apresenta como o “Servo sofredor”. (Ver I Cor. 1:23). Porém, independente das idéias dos homens, no Cristo do evangelho residia um poder que Jesus demonstrou amplamente quando de seu ministério terreno, e, supremamente, em sua ressurreição dentre os mortos.

                 As reivindicações apresentadas pelos apóstolos se alicerçavam em seus ministérios miraculosos; e isso significava que o poder do evangelho, na transformação das vidas, existia porque Jesus continuava presente entre eles, por meio do seu Santo Espírito. Portanto, apesar daquela circunstância que agora estava prestes a visitar a sofisticada capital, onde havia a possibilidade da mensagem espiritual de Paulo ser lançada ao ridículo, por outro lado ele não sentia medo, porquanto não cedia a essa provocação, sem importar o lugar onde tivesse de anunciar a mensagem de Cristo. O mesmo poder que havia transformado bárbaros em lugares distantes da capital do império, era o poder que poderia transformar os filósofos gregos e os sofisticados políticos romanos. A suposta novidade do evangelho não diminuía em nada a sua realidade.

                Falando sobre isto o Dr. Cahmplin afirma que era como se Paulo estivesse falando o seguinte: “Não me envergonharei, nem mesmo em Roma, onde altos dotes literários aparecem em combinação com uma licenciosidade sem freios, e onde, portanto, a doutrina sobre um Salvador crucificado provavelmente nada atrairia senão zombaria, tanto contra ela mesma como contra seus pregadores”.

                 Através desse sentimento, o apóstolo passa suavemente para o assunto que ele queria abordar especificamente, a saber, que é somente por meio de Cristo Jesus que os homens podem ser livrados daqueles castigos por cuja causa tanto os judeus como os gentios, por sua própria culpa, se tinham tornado desprezíveis. Paulo já havia pregado a Cristo em lugares sofisticados, como em Atenas, Corinto e Éfeso, e sabia como aquelas pessoas tinham encarado a sua mensagem. Mas isso não impedira o apóstolo de continuar a falar de Cristo, e esse crucificado, nem criara nele qualquer senso de vergonha por causa dessa atividade, ou por causa de sua mensagem. Ele escreve em (Rom. 10:11) “Todo aquele que nele crê não será confundido”. Por conseguinte, o senso de vergonha, no que diz respeito ao evangelho, indica a falta de fé, ou, pelo menos, uma fé muito imperfeitamente formada. Em contraste com essa atitude, o coração que transborda de fé em Jesus Cristo, o qual, por conseguinte, demonstra possuir apreciação e dar valor ao que Cristo significa para todos os remidos, jamais sentirá vergonha no que diz respeito à pregação que anuncia o sangue expiatório de Jesus Cristo.

                  O cristianismo não veio a tornar-se uma religião exclusivista, conforme o judaísmo viera a tornar-se, mas antes, proclamava a universalidade da salvação anunciada em Cristo, e gradualmente derrubou as barreiras raciais que pareciam tão importantes e básicas para o judaísmo.  As palavras de Paulo quando diz: “ NÃO ME ENVERGONHO DE EVANGELHO” ganha um significado profundo se você pensar no seguinte: Grande parte da atividade humana visa obter poder, e, após essa aquisição, o uso do poder. Aqueles que têm poder de autoridade são os governantes, os senhores da sociedade humana. Existem muitas formas de poder, como o poder físico, o poder mental e o poder espiritual. Os homens, de forma geral, não têm vergonha do poder; mas, bem pelo contrário, ufanam-se do mesmo. Um homem fisicamente vigoroso, ao lado de um homem fisicamente débil, não sente vergonha por ser o mais forte; mas antes, sente certo orgulho físico, sem importar se diz isso ou não. Uma nação poderosa, sem importar se esse poder decorre de suas riquezas ou de suas forças armadas, ou mesmo de suas realizações científicas, não se envergonha disso, mas antes, se enche de brios.

                   Todavia nenhuma dessas formas de poder humano, entretanto, pode transformar uma alma segundo a imagem de Cristo, que é o verdadeiro alvo da existência humana, bem como a grande mensagem central do evangelho cristão. Portanto, vendo Paulo que era apóstolo do poder mais extraordinário de todos, o PODER DE DEUS, que tem origem divina, e não natural, não se envergonhava. Entre os homens há muitas modalidades de poder; mas o evangelho, em contraste, é “PODER DE DEUS”, e devemos observar que esse poder é benigno, não consistindo de mera demonstração de força. Os poderes humanos com freqüência tendem para a miséria e a destruição, mas o poder de Deus tende para a vida e o bem-estar espirituais.

                   O vocábulo aqui traduzido por “poder” é o termo grego dunamis, de onde se deriva nossa moderna palavra “dinamite”. Nas páginas do N.T. esse vocábulo é usado para designar poderes miraculosos, a manifestação da onipotência de Deus, uma obra poderosa de alguma modalidade qualquer, a energia divina que só pode ser atribuída à divindade, e não aquilo que poderíamos esperar apenas como produto da natureza humana. Por essa razão é que a proclamação do evangelho é um acontecimento que envolve poder. Deus se utiliza da vida, da morte e da ressurreição de Cristo a fim de salvar os homens. A idéia básica, envolvida nessa verdade bíblica, é a do livramento. Trata-se do livramento da tirania do pecado e da degradação da natureza humana decaída, juntamente com as diversas manifestações de poder que os homens, em seu estado decaído, não podem realizar. Porem, há muito mais valores envolvidos nessa “SALVAÇÃO”

1. O poder de Deus opera através da fé, e o resultado obtido é o maior de
todas as obras. (Heb. 11:1).

2.A fé é um dom e uma operação do Espírito, e seu início se dá quando
da conversão (João 3:3), prosseguindo em suas operações diárias (Rom. 1:17), sendo também uma virtude (Gál. 5:22).

3.Por ser algo divino e operar por meio do evangelho, e por ser uma provisão divina, o seu resultado também é divino, a saber, a vida eterna, em que os homens chegam a participar da própria forma de vida que Deus tem

4.Há poder na palavra da cruz (I Cor. 1:18), porquanto ali Deus exibiu seu plano de salvação, na expiação de Cristo (Rom. 5:11).

5.A fé também envolve certo elemento humano, pois todos os homens podem exercê-la, se não quiserem exercê-la propositalmente. É uma provisão da graça de Deus, dada universalmente em Cristo.

               O poder de Deus não consiste apenas do 'poder divino'... por meio do qual o próprio Deus opera eficazmente, isto é, salvando o pecador mediante o despertamento para o arrependimento, para a fé e para a obediência. Agora amigo leitor deste blog. Compare tudo isto que você acabou de ler com o que você ver hoje sendo pregado nesta igrejas por ai, é claro que não estou generalizando, pois ainda creio que existem aquelas verdadeiras igrejas e pastores que estão pregando o autentico evangelho de Cristo, PODER DE DEUS para a salvação de todo aquele que crer.

Este artigo usou como fonte
O Novo Testamentos Interpretado
do Dr. Russel Cahmplin

sábado, 14 de agosto de 2010

MINISTÉRIO BÍBLICO EDUCACIONAL: ferramentas para um crescimento saudável da igreja.

O Ministério Bíblico Educacional entende que igreja local deve ser observada em meio às forças geradas pela nossa época, e analisadas as suas funções fundamentais, de acordo com os desafios diante de nós. A partir daí, estabelecer princípios, práticas e conceitos que sejam realistas e eficazes para um crescimento verdadeiramente bíblico.
Disponibilizamos, através deste blog, uma variedade de workshops cujo objetivo é lançar os fundamentos certos, entendendo que uma verdadeira igreja de Jesus Cristo não pode perder de vista que ela é um organismo vivo, e como tal, precisa crescer. Mas este crescimento só será salutar se não abandonar as formas bíblicas! A igreja precisa ampliar a sua capacidade necessária para cumprir seus objetivos básicos que são: o aperfeiçoamento dos santos (maturidade espiritual); serviço cristão (evangelização); edificação do corpo (administração e organização).
Este ministério não pretende ser único, mas está consciente de que a obediência ao mandamento bíblico de ensinar é de importância capital para a sobrevivência da igreja. A Bíblia nos diz que o verdadeiro construtor de todas as coisas é Deus. Em Hebreus 3:4 está escrito:  “Pois toda casa e estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as cousas é Deus”.
             
               Fica claro neste texto que é Deus quem edifica tudo conforme Seus planos eternos. Deus não mudará. Ele jamais se acomodará as idéias humanas ou irá na onda da moda. Deus não corta caminho em tudo que realiza, e nunca usa materiais inferiores ou métodos que contrariam Sua natureza santa e perfeita. Mas, lamentavelmente parece que muita gente ainda não entendeu isso!  Nos dias atuais, é alarmante o que tem sido feito no que diz respeito à evangelização em massa, ou evangelismo pessoal, e até mesmo na pregação e no ensino da palavra de Deus.

               Infelizmente, na maioria das vezes, nada disso está sendo realizado de acordo com os planos bíblicos dados a Igreja por Deus.  E os poucos que ainda estão envolvidos nesta obra permanecem tão entretidos com suas próprias ideias e planos que nem percebem se estão trabalhando de acordo com as instruções de Deus ou se seu trabalho será aprovado na inspeção final. E em função disso temos como resultado pura e simplesmente heresias, interpretações erradas que dão ênfase demasiada a certas escrituras, denominacionalismo exagerado, crentes nominais ou no máximo pessoas igrejadas, aculturadas, cristianizadas, mas não salvas. A igreja certamente vai fazer a diferença no seu raio de ação, se ela estiver disposta a investir nestas três áreas acima mencionadas.
               A seguir, seguem uma série de workshops que, certamente, poderão ajudá-lo nas seguintes áreas: Ensino em classes de escola bíblica, Ministério pastoral, Liderando um estudo bíblico, Compartilhando o evangelho com os vizinhos, Dirigindo cultos domésticos, ou até mesmo material para estudo bíblico pessoal.

Vida Crista e Testemunho (vida cristã)
Liderança Cristã (treinamento)
Evangelismo Cronológico (Lideres)
Curso Básico para professores e lideres cristãos
Evangelismo Cronológico (não crentes)
Evangelismo Cronológico (grupos mistos)
Comportamento humano (Adultos)
Comportamento humano (Jovens e Adolescentes)
Escatologia cronológica (toda igreja)

 Se voce deseja resalizar um desses workshops em sua igreja
entre em contato pelo telefone (21)982886725
ou pelo email: niltonffonseca@gmail.com.

 Pr. Nilton Fonseca Ferreira

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DEUS ESTÁ SATISFEITO COM O SANGUE, E VOCÊ ?

Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, (I Pedro 1:18-19)

Deus é santo mas também é justo. E por causa disto foi necessário que uma vida sem pecado fosse dada em favor do homem miserável pecador. Há vida no sangue, e este precisava ser derramado em meu favor, pelos meus e seus pecados. Deus exigiu que o sangue de um inocente sem pecado fosse apresentado para satisfazer sua própria justiça. Se nos reportarmos ao Velho Testamento, vamos encontrar estas palavras: “VENDO EU O SANGUE PASSAREI POR CIMA DE VOS”. Estas palavras registradas em (Êxodo 12:13) apontava para o futuro,  o sangue de Cristo que satisfez a Deus inteiramente. Quando o indivíduo ainda não é crente no Senhor Jesus, sua consciência não lhe incomoda, mas a partir do momento que a palavra de Deus começa a despertá-lo, esta consciência antes morta, torna-se extremamente sensível, e isto pode vir a ser um real problema para cada um de nós.  Muitas vezes este sentimento de pecado e de culpa é tão grande, tão terrível, que quase nos paralisa. E isto acontece porque perdemos a visão da verdadeira eficácia do Sangue. E é ai que começa o problema da maioria dos crentes, principalmente os novos na fé, que tendem a pensar que o seu pecado é maior que o Sangue de Cristo . O problema é que muitos crentes sinceros, mas mal informados invertem os valores. Estão procurando sentir o valor do sangue subjetivamente, isto é, acham que o valor do sangue é para eles.

O sangue não opera assim. Ele primeiro destina-se para Deus. Nos só temos que aceitar a avaliação que Deus faz dele. Se fizermos o contrario não chegamos a lugar nenhum, não alcançamos nada, e permaneceremos nas trevas. Nós só precisamos crer na palavra de Deus. Precisamos entender que o sangue é precioso para Deus. É isto que diz a bíblia no texto acima mencionado. E se o próprio Deus diz que está satisfeito e aceitou o sangue como pagamento pelo o nosso pecado e como preço de nossa redenção, então como diz aquele ator, cantador e poeta Rolando Boudrin: “ Causo encerrado”. Deus está satisfeito; e nós, estamos? Infelizmente na pratica parece que não. Volta e meia estamos lavando e passando o ferro em roupa que vamos jogar fora.

Se o sangue satisfez a Deus , deve nos satisfazer também. E ai  entra um segundo elemento em relação ao homem, na purificação de sua consciência. Quando examinamos a Epistola aos hebreus, percebemos que o Sangue faz isto. Assim diz a bíblia: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa (Hbreus 10:22). Aqui se observa que o escritor não apenas diz que o sangue do Senhor Jesus purifica os nossos corações, mas afirma claramente que erramos se relacionarmos inteiramente desta forma, o coração com o Sangue. Se assim o fizermos é porque não entendemos direito o valor do sangue. Se por exemplo eu pedir a Deus que purifique o meu coração com o Sangue, sabe qual vai ser a resposta de Deus? “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?(Jeremias 17:9)”.

Na verdade o que todos  precisam é de um coração novo. É isto que nos diz Deus através do profeta Ezequiel. “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne” (Ezequiel 36:26) . Muitos confundem o que está escrito em Hebreus 10. Aqui o que na verdade o sangue esta purificando é a consciência. O que significa dizer que havia um obstáculo entre mim e Deus, e que, como resultado disto, eu tinha má consciência. Sempre que eu tentava me aproximar dEle, minha consciência me acusava. Mas agora com a consciência purificada pelo Sangue, a barreira foi removida; e eu não posso  esquecer disto jamais.

Então finalmente com minha consciência purificada, eu prossigo com Deus, porque sei que o Sangue nunca perderá a sua eficácia como fundamento do meu acesso a Deus. Todavia é importante salientar que reconheço os meus pecados, que confesso que necessito da purificação e da expiação e que venho a Deus confiante somente em sua obra consumada na cruz pelo Senhor Jesus. Vou a Deus exclusivamente através de seus merecimentos, e jamais na base do meu comportamento; nunca, por exemplo, na base de ter sido hoje especialmente amável, ou paciente, ou de ter feito hoje algo especial para o Senhor. Mas somente por meio do Sangue que ele derramou na cruz.

Infelizmente há muita gente boa e talvez crente de verdade, que ainda não entendeu isto e vive angustiado pensando por exemplo: “ Hoje tive algumas dificuldades em minha família, não me relacionei bem com meus filhos, briguei com minha esposa, estou me sentindo melancólico e deprimido, não estou bem; não posso, portanto, me aproximar de Deus” Afinal esta pessoa esta querendo se aproximar de Deus com base em que ? base incerta, nos seus sentimentos, em suas obras. Você precisa se aproximar de dEle com base segura, ou seja, no Sangue derramado e no fato de que Deus olha para aquele Sangue e se dá por satisfeito. A questão não é sentimento, é fé. Não se trata do que você fez ou deixou de fazer, mas do que já foi feito por você. É isto que efetivamente lhe assegura que de fato você foi perdoado e purificado. Deus te vê atraves do Sangue do seu filho. O inocente que morreu no lugar do culpado.  

Autor: Nilton Fonseca Ferreira

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Um Templo ou um Teatro?

Os homens parecem nos dizer: "Não há qualquer utilidade em seguirmos o velho método, arrebatando um aqui e outro ali da grande multidão. Queremos um método mais eficaz. Esperar até que as pessoas sejam nascidas de novo e se tornem seguidores de Cristo é um processo demorado. Vamos abolir a separação que existe entre os regenerados e os não-regenerados. Venham à igreja, todos vocês, convertidos ou não-convertidos. Vocês têm bons desejos e boas resoluções: isto é suficiente; não se preocupem com mais nada. É verdade que vocês não crêem no evangelho, mas nós também não cremos nele. Se vocês crêem em alguma coisa, venham. Se vocês não crêem em nada, não se preocupem; a 'dúvida sincera' de vocês é muito melhor do que a fé".
Talvez o leitor diga: "Mas ninguém fala desta maneira".
É provável que eles não usem esta linguagem, porem este é o verdadeiro significado do cristianismo de nossos dias. Esta é a tendência de nossa época. Posso justificar a afirmação abrangente que acabei de fazer, utilizando a atitude de certos pastores que estão traindo astuciosamente nosso sagrado evangelho sob o pretexto de adaptá-lo a esta época progressista.
O novo método consiste em incorporar o mundo à igreja e, deste modo, incluir grandes áreas em seus limites. Por meio de apresentações dramatizadas, os pastores fazem com que as casas de oração se assemelhem a teatros; transformam o culto em shows musicais e os sermões, em arengas políticas ou ensaios filosóficos. Na verdade, eles transformam o templo em teatro e os servos de Deus, em atores cujo objetivo é entreter os homens. Não é verdade que o Dia do Senhor está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo de Deus?
Ai de mim! Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas; e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida por meio da qual operam as forças da natureza. Não me demorarei mais falando a respeito desta proposta tão deplorável.

Charles H. Spurgeon
www.geocities.com/wbtbrazil

Fonte: