Comentários Bíblicos

Genealogia de Jesus



O evangelho de Mateus é nosso evangelho mais universal. Tem por intuito satisfazer às necessidades de todos os homens, judeus e gentios, conduzindo-os a Jesus, o Messias, o Salvador do mundo. Parte de seu conteúdo atrai aos judeus, tal como é o caso desta genealogia, que tenciona provar a legítima reivindicação de Jesus ao trono de Davi. Outra parte de seu conteúdo é especialmente atrativa aos gentios, sobretudo aquelas secções que mostram que Jesus não limitou sua missão entre os judeus, e também a Grande Comissão, que mostra que o evangelho terá de ser pregado ao mundo inteiro. (Ver Mat. 4:15,25; 8:11,12; 21:43 6 28:19,20).


O messias, sendo o ensinamento rabínico, teria direitos legais ao trono de Davi; e ser descendente seu fazia parte desse direito. Muitas famílias judaicas possuíam genealogias extensas, exatas e que cobriam longos períodos de tempo. A genealogia que se segue, porém arranjada como está em grupos de catorze nomes, mostra que o seu intuito era o de ser representativa e não completa. Já a genealogia de Lucas (Luc. 3:23-38) parece mais preocupada em ser completa, pois contém quarenta e dois nomes, ao invés dos vinte e sete nomes de Mateus. Lucas traça a descendência não através de reis (como é o caso de Mateus), mas através de outro filho de Davi, Natã (II Sam. 5:14) e inclui muitas pessoas obscuras. A lista de Mateus, até Zorobabel, provavelmente se baseia sobre o texto de I Crô. 1-3 (na LXX). Todavia, não sabemos qual fonte ou fontes informativas ele pôde ter usado para sua compilação inteira. Seja como for, seu ponto ficou demonstrado; Jesus era descendente tanto de Davi quanto de Abraão, ficando assim consubstanciada sua reivindicação à posição messiânica, pelo menos no que tange á exigência de ser ele filho de Davi..


Fonte: Novo Testamento Comentado  
de Russel Normam Champlim / Volume 1 pg 267

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